segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A REVOLTA DA CHIBATA em 1910 no porto do RIO DE JANEIRO.



No Governo de Hermes da Fonseca

A chibata utilizada nos castigos era feita com uma corda de linho molhada, atravessada por agulhas de aço.O governo tem que acabar com os castigos corporais, melhorar nossa comida e dar anistia a todos os revoltosos. Senão, a gente bombardeia a cidade, dentro de 12 horas. (carta de João Cândido, líder da revolta)
Não queremos a volta da chibata. Isso pediu ao presidente da República e ao ministro da Marinha. Queremos a resposta já e já. Caso não a tenhamos, bombardearemos as cidades e os navios que não se revoltarem.
 (…) Corajoso registro de fatos que a História oficial tentou deixar esquecidos: os tenebrosos massacres na ilha das Cobras, onde os revoltosos já anistiados foram levados a uma masmorra subterrânea cheia de cal; os fuzilamentos e as torturas de toda ordem; a desumana escravidão de centenas de marinheiros e trabalhadores levados para a selva amazônica; os desmentidos do governo; a longa prisão e os últimos dias de João Cândido.

 Letra da musica o Mestre-Sala Dos Mares
 Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas, jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão que a exemplo do feiticeiro gritava então:
Glória aos piratas
As mulatas
As sereias
Glória a farofa
A cachaça
As baleias
Glória a todas as lutas inglórias que através da nossa história não esquecemos jamais
Salve o navegante negro que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas salve
Salve o navegante negro que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo