terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A REVOLTA DO PORCO DO BRANCO



O fazendeiro Leomar que também é pescador administrou uma caixinha para comprar um porco, invés de compra, ele que também é caçador foi na floresta da fazendo que é protegida pelo IBAMA e cometeu o primeiro crime caçou um javali e o galego abateu, o segundo crime, mas isto é coisa para o órgão governamental resolver.
Até ai tudo bem o problema começou quando os administradores do porco morto Branco/Vavá determinaram o local do evento para o grande velório confraterno do porco (javali) no Bar do Coração, alguns participantes não gostaram da atitude da dupla
Organizadora tendo como líder do motim o meirinho Delegado JOCA que nunca foi DEL.  E Desipe Mauro cabeção. Deram carteirada para liberar o Porco para galera.
Para conter os ânimos dos revoltados chamaram o Presidente da Associação de moradores por não esta presente indicou um representante o capenga PE PE que deu aval para o evento se realizar e autorizou o Branco e Vavá a expulsar os revoltosos, banido eles para o bar do Almir só retornar quando o porcalhada acabar.
No dia seguinte o Del: Joca muito constrangido desabafou.
- da próxima vez vou compra um porco para o Branco e um para nos.
Palavra do Joca.
O sogro do Branco veio com sua famosa frase “tem que ver
O branco respondeu “tem que ver é a caçamba, têm que paga se não, não come...”
O mais doloroso foi o PE de ferro que foi expulso e bateu com o carro do sogro vai ser expulso da casa do sogro que ele não perde a mania de dizer “tem que ver.”
Entre mortos e feridos só os banido que se fufufu.

 Parte 2
O porco do gordinho

Todos pronto para degustar os pernis que sobrou do famoso porco após muitas negociações com os revoltosos para liberar as duas partes.
O gerente maior da empreitada levou de volta para onde o porco foi executado e convidou todos que contribuiu com a compra do javali, principalmente o advogado do porco que na primeira versão não participou porque estava de viaje pelo interior dos bares do centro do Rio coisa que ele sabe fazer muito bem, articular com seus antigos amigos.     
Quando chegou o famoso Gordinho estava tão corado que parecia que era ele que seria comido só vendo a imagem para acredita:
Mais não teve nenhum acidente também o gerente pediu reforço ao prosador Guto e segurança Jones e todos sabia que qualquer tumulto na fazenda ia para vala porque lá não é COHAB. La tudo resolve na ponta da peixeira.
Ochente! Bichinho! Para de prosa e vamos comer esse bendito antes que os quesumbeiro cheguem..
Antonio Catarino

domingo, 25 de dezembro de 2011

TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO ESCRITA


"Quem não escreve
Bem... Perde o trem!


 A história do gerente apressado
 Izidoro
Blikstein

Certa vez, um apressado gerente de uma grande empresa precisava de ir ao Rio de Janeiro para tratar de alguns negócios urgentes. Como tivesse muito medo de viajar de avião, deixou o seguinte bilhete para a sua recém-contratada secretária:


 Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta.
Quero que você me rezerve, um lugar, à noite, no trem das 8 para o Rio.

Sabe o leitor o que aconteceu?
O gerente, simplesmente, perdeu o trem!
Por quê? Bem, acontece que Maria, a nova secretária, ao ler o bilhete, franziu a testa e, com uma cara desanimada e cheia de dúvidas, ficou pensando, pensando... até que, finalmente, decidiu: foi, à noite, à estação ferroviária e reservou um lugar, para o dia seguinte, no trem das 8 h da manhã. Cumprida a tarefa, Maria foi para casa, com um sorriso nos lábios e muita alegria na alma, contente por ter resolvido bem o primeiro problema em seu novo trabalho. Mas... a sua alegria ia durar pouco! Ao chegar ao emprego, no dia seguinte, a dedicada secretária teve a estranha impressão de estar vendo um fantasma diante de si: lá estava o gerente, tranqüilo, fumando o seu perfumado cachimbo e assinando papeis, em meio a lentas e gostosas baforadas. Passado o primeiro susto, a perplexa Maria balbuciou:

— O senhor... ainda por aqui?
— Então, o que é que você acha? Onde é que eu deveria estar? — resmungou maquinalmente o gerente, enquanto, sem levantar a cabeça, continuava assinando papéis e cachimbando.
— Mas... mas... o senhor não ia para o Rio hoje?
— Ia, não... eu vou para o Rio hoje. Hoje à noite, não é mesmo? Não lhe pedi, ontem, para comprar uma passagem no trem das 8 de hoje à noite? Pois então... — continuou o gerente, falando entre os dentes, mordendo o cachimbo, com a cabeça enfiada nos papéis.

Atônita, a secretária, como fulminada por um raio, desabou na cadeira, diante de sua mesa de trabalho. Depois, pouco a pouco, foi recobrando os sentidos e recuperando as cores do rosto, ao mesmo tempo que ia disfarçando o mal-estar, arrumando papéis e limpando caprichosamente a mesa com um pano úmido.

 — Então, Maria, tudo certo com o trem das 8, hoje à noite, não é mesmo? — insistiu o gerente, mordendo o cachimbo.
— Oi?. retrucou a secretária, aparentemente calma.
— Estou perguntando a você: tudo certo com o trem do Rio? — retomou o já intrigado gerente, levantando a cabeça e encarando a enigmática moça.
— Oi?
Oi, oi, oi, que mania do o/ ó essa! Você não podo responder direito, como gente? Afinal, cadê a passagem? — gritou o agora irritado gerente, que já não mais cachimbava.
— Passagem? Mas... que passagem? O senhor só pediu para reservar um lugar... Ah! já ia esquecendo: olhe, o senhor não leve a mal, por favor, mas... reservar se escrevo com s e não com z... — explicou Maria, com um ar de professora, sorrindo e piscando muito os olhos.
— Escute aqui, moça: não preciso de suas lições! Sei muito bem como as palavras se escrevem! Seus comentários são perfeitamente dispensáveis. Aliás... essa história de reservar com s ou com z não me "refresca" nada, agora! O que eu quero simplesmente é a minha passagem para o Rio, poxa! Pode ser?
— Não, infelizmente, não pode ser, porque... reservar um lugar é uma coisa e comprar uma passagem já é outra bem diferente...
Foi então que o gerente esmurrou a mesa e berrou a plenos pulmões:
— Cheeeeeeega, pelo amor de Deus! Isso já está virando uma palhaçada! Olhe aqui, mocinha: ontem, eu deixei um bilhete, pedindo para você me comprar uma passagem para o Rio, no trem das 8, de hoje a noite! Foi só isso que eu pedi. Tá claro? Mais claro do que isso daí... é impossível!
Imperturbável, retrucou a valente secretária:
— Não, seu gerente, não está nada claro! O senhor está completamente enganado! Não foi nada disso que o senhor
escreveu! Não acredita? Pois veja aqui o bilhete! Veja o que o senhor escreveu aí! Leia, por favor! Olhe aqui: o senhor me pede para reservar... — reservar é com s, o senhor sabe, né? — Então, continuando: o senhor me pede para reservar um lugar, a noite... — olhe aqui, seu gerente, veja bem, o senhor até sublinhou, grifou duas vezes as palavras reserve e à noite, certo? — Bom, continuando: o senhor me pede, aqui no bilhete, para reservar, a noite, um lugar no trem das 8 para o Rio, 'tá? E como o senhor deveria viajar no dia seguinte, então eu fiz exatamente, veja bem, exatamente o que o senhor mandou: fui à estação, à noite, e pedi uma reserva, para o dia seguinte, no trem das 8 da manhã para o Rio. Era só o senhor chegar hoje lá, na estação, um pouquinho antes das 8, comprar a passagem, entrar no trem, pegar o seu lugarzinho bem gostoso, no meio do vagão. lado da janela e... pronto! Fechava os olhos, dava uma boa cochilada e... de repente... o senhor acordava de cara para aquela lindeza de paisagem, o Corcovado, as praias... ai, aquilo" é bom demais!

De pé, boquiaberto, pálido, o gerente deixou o cachimbo cair sobre os papéis espalhados na mesa.

— Eh, espere aí, que cara é essa, seu gerente? O que é que o senhor tem? Não está passando bem? Quer que eu chame um médico?
— Médico... coisa nenhuma! Você vai é comprar essa passagem agora, já, no trem das 8 da noite para o Rio! ...: Já, ouviu? Antes que eu faça um estrago por aqui!

Mais que depressa, a secretária saltou sobre o telefone e ligou para a estação. Esforço inútil: o trem da noite estava lotado.
Desta vez. foi o gerente que desabou na cadeira, a cabeça entre as mãos, chorando convulsivamente e lamentando-se:
— Meu Deus do céu, que mal que eu fiz pra sofrer assim? Onde foi que eu errei? Me explique, Maria, por favor, eu lhe suplico: será que eu escrevo tão mal assim? Meu bilhete está tão claro, tão simples... eu só pedi uma passagem no trem das 8 para o Rio e veja o que você me aprontou! Agora, eu vou perder um dos nossos melhores clientes lá no Rio! O que é que vou fazer, você pode me explicar? Eu não entendo, francamente, eu não entendo: todo mundo na firma já está cansado do saber quo eu não gosto do viajar do avião, quo ou só viajo de trem noturno, que sempre me reservam uma cabina com leito, quo eu adoro viajar em cabina com leito... poxa, mas onde foi que eu errei?

Cautelosa, a secretária aproximou-se do gerente, devagarinho, c, pouco a pouco, com jeito, começou a afagar a sua cabeça, enquanto explicava maternalmente:
— Calma, não chore, não fique triste assim. Vou mostrar direitinho onde foi que o senhor errou. Calminha. Não chore não, 'tá? Veja, seu gerente, eu não sabia que o senhor só gostava de viajar de trem, e ainda mais de trem noturno, em cabina com leito. No bilhete, o senhor não disse nada disso.

Aos soluços, o gerente ainda tentava argumentar:

— Mas será que era preciso dizer mais alguma coisa? Estava tudo tão claro, tão óbvio na minha cabeça... será que a sua cabeça é assim tão diferente da minha, que você não é capaz de entender uma idéia tão simples?
— Bem, já que o senhor perguntou, então eu explico: olhe, seu gerente, as nossas cabeças são muito diferentes sim, é claro! Aliás, não existem duas cabeças iguais nesse mundo: o senhor tem certas idéias na sua cabeça, eu tenho outras, o vizinho da sala ao lado já tem outras bem diferentes, e assim por diante. Se a pessoa não explicar direito o que é que ela quer, ninguém vai adivinhar, porque os pensamentos não estão grudados na testa da gente, eles estão dentro da nossa cabeça e nós temos de saber colocar para fora essas idéias. O senhor, por exemplo, queria que eu comprasse uma passagem, para o Rio de Janeiro, no trem das 8 da noite, cabina com leito, não é mesmo? Mas acontece que o senhor não conseguiu passar essa idéia para a minha cabeça, porque, pelo seu bilhete, eu entendi outra coisa, completamente diferente da que o senhor tinha na cabeça. Quer ver? Vamos começar por este trecho:
"(...) me rezerve, um lugar, à noite (...)" Bem, o senhor já sabe quo reservar é com s, mas deixo pra lá, não ó isso que importa agora. Há erros mais graves aqui. Em primeiro lugar, se o senhor queria que eu comprasse uma passagem, o certo, então, era escrever: "compre uma passagem" ou "providencie uma passagem"! Segundo problema: o senhor não fala em cabina com leito, mas em lugar, ora, lugar é urna palavra que pode significar muita coisa, ao mesmo tempo: pode ser uma poltrona de 1.ª ou do 2.ª classe, no meio ou na ponta do vagão, do lado da janela ou do corredor, e pode ser até uma cabina com leito! Terceira falha, e esta é de sintaxe...
— De sinta... de sintaxe? E eu vou lá me lembrar das regras dessa maldita análise lógica?
— Não, seu gerente, sintaxe não trata só de análise lógica... sintaxe é a parte da gramática que cuida da ordem e das relações das palavras na frase, das relações entre as frases, períodos etc. Estou falando bonito, não é? é que eu ando estudando seriamente a língua portuguesa, com um professor muito inteligente (e muito simpático também!) ...aliás, é obrigação minha saber corretamente o português, senão pra que serve a secretária? Ah, sim, como ia dizendo, a sintaxe do seu recado está bem ruim. Se o senhor observar bem o trecho "...me reserve, um lugar, à noite,..." — acho que o senhor não agüenta mais, não? — bem, como eu dizia, se o senhor observar bem esse trecho, vai ver que a ordem das palavras e, principalmente, a posição das vírgulas dão um duplo sentido à frase. O senhor duvida? Então, veja bem: como há uma primeira vírgula, separando a forma verbal reserve do objeto direto lugar, e como há uma segunda vírgula logo depois de lugar, o leitor do bilhete pode juntar reserve com a noite e pensar que, em vez de reservar um lugar noturno, o senhor, como autor do bilhete, mandou reservar à noite um lugar... entendeu, seu gerente? Xi... parece que o senhor não está entendendo nada, ou, então, não gostou da minha explicação, não é mesmo? Pode até ser que eu tenha sido meio confusa, mas... vou fazer um esqueminha aqui no papel, pra ficar mais claro o que expliquei...
Diante do gerente ainda em prantos, a zelosa secretaria traçou algumas linhas, escreveu algo c depois exibiu o seguinte esquema: RESERVA – 1 UM LUGAR Á NOITE ( = LUGAR NOTURNO)
                       2 A NOITE -  UM LUGAR
— Entendeu agora, seu gerente? A frase tem dois sentidos. Minha cabeça foi pelo segundo sentido: por isto é que eu fui à noite, à estação, para reservar o lugar do senhor. Ah, e uma última falha ainda, para terminar. Me diga uma coisa, seu gerente! Se o seu trem era o das 8 da noite, por que é que o senhor não escreveu logo: trem das 20 h? O senhor não acha que muita confusão poderia ter sido evitada? Portanto, concluindo: com um bilhete assim, com tantas falhas de sintaxe, de pontuação, de vocabulário, e até de ortografia, eu nunca ia poder adivinhar as idéias que o senhor tinha na cabeça!
Enxugando as lágrimas e assoando ruidosamente o nariz, o gerente encarou a secretária com um ar quase infantil e perguntou, com a maior inocência:
— Mas, então, Maria, como é que eu deveria ter escrito esse bilhete, afinal?
— Ora, é muito simples. O senhor podia ter escrito assim... ih! Espere um pouquinho... eu queria comentar um pequeno problema, ê o seguinte: quando a gente escreve 10 horas, 20 horas etc, é preciso colocar a abreviatura correta da palavra horas, isto é: h, como manda a gramática, certo? Bom, agora vou mostrar como é que acho que o senhor deveria ter escrito o bilhete:
"Maria: compre, para mim, uma passagem, em cabina com leito, no trem das 20 h de amanhã (4.ª feira), para o Rio de Janeiro."
Este ó um bilhete claro. Aí, eu faria exatamente o que o senhor estava querendo.
é só isso, Maria? Terminou a lição?
— Quem sou eu pra ensinar pro senhor! Mas já que o senhor perguntou, eu preciso ser bem honesta: não terminou ainda não! Falta só uma coisinha... agora, eu só digo se o senhor não ficar bravo...
— O que é, Maria, o que é que está faltando ainda, poxa?
— Bom, eu achei, seu gerente, eu achei que o bilhete estava um pouco seco. Da próxima vez, se o senhor quiser me deixar bem contente, o senhor poderia colocar um por favor ou um muito obrigado, sabe, alguma palavrinha assim, só pra me agradar. A gente faz o serviço com mais boa vontade. Quer ver como ficaria mais bonito? Veja, seu gerente:
 "Maria: por favor, providencie, para mim, uma passagem em cabina com leito, no trem das 20 h de amanhã (4ª feira) para o Rio de Janeiro. Muito obrigado."
— É, tudo muito bonito, muito claro... mas, agora, não adianta mais nada... eu já perdi o trem e, pior ainda, perdi o cliente... — murmurou o gerente, enfiando novamente-a cabeça entre as mãos.
— Como não adianta nada? Adianta, sim senhor! O senhor perdeu o trem, perdeu o cliente, porém... porém... aprendeu uma boa lição. Como dizia o meu pai, lá no interior onde a gente morava: "Quem não escreve bem... perde o trem!" — proclamou a vitoriosa Maria-.
A história termina por aqui. Não sabemos se o gerente aprendeu a lição de sua prestimosa secretária. Mas você e eu, caro leitor, podemos tirar muitos ensinamentos deste caso tão... “dramático”. Parece ter ficado claro que, se não escrevermos bem, perderemos não só o trem, mas uma porção de outras coisas bem preciosas. Cabe, então, antes de mais nada, esclarecer uma questão básica: o que é escrever bem!
É o que veremos no capítulo seguinte.
Direção
Benjamin Abdala Júnior
Samira Youssef Campedelli
Preparação do texto
José Pessoa de Figueiredo
Sueli Campopiano
Arte
Coordenação o projeto gráfico/miolo
Antonio do Amaral Rocha
Ilustrações
Marcus de Sant'Anna
Arte-final
René Etiene Ardanuy
Capa
Ary Normanha






Para
Reveca Blikstein






ISBN. 85 08 02 3 95 2
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